terça-feira, 10 de maio de 2016

Recém-formado. E agora?

Com o diploma em mãos, jovens saem da faculdade e deparam com o mundo real. É preciso planejamento para contornar dúvidas.

Espero ser contratado pela empresa onde sou estagiário? Volto para a cidade dos meus pais? Dou sequência aos estudos e começo uma pós-graduação ou um mestrado? E se não aparecer emprego? É comum que formandos e recém-formados carreguem dúvidas que dependem de respostas e definições importantes e que nem sempre são imediatas. Depois de passar os últimos anos na faculdade, a cobrança da família, dos colegas e até interna costuma aumentar – principalmente em casos em que o universitário foi sustentado pelos pais enquanto se dedicava aos estudos.

Para evitar que a entrega do diploma seja acompanhada de um desespero desnecessário, cabe ao aluno, antes do último ano da graduação, buscar autoconhecimento e fazer questionamentos a respeito das áreas com que mais se identificou durante o curso. “É um erro achar que, ao se formar, tudo estará resolvido”, diz a especialista em Orientação Profissional Luciana Albanese Valore, professora de Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Aquele famoso exercício de imaginar onde você quer estar em cinco anos ou mais pode ser útil também nessa época. Idealizar como quer que a carreira esteja em certo momento facilita a escolha de caminhos e decisões que envolvem estudo e trabalho. Se o objetivo é fazer carreira em uma determinada empresa, é bom buscar estágios relacionados à área e investir em uma rede de contatos. Para uma carreira acadêmica, experiências de monitoria podem ser úteis e a iniciação científica é um grande passo para um futuro pesquisador.

Orientação
São comuns preocupações com a própria a competência e com o mercado de trabalho. Se a escolha do curso já foi difícil, a definição do caminho daqui para frente pode ser ainda mais nebulosa. Por isso, pedir ajuda pode ser uma boa ideia. “Há profissionais orientadores que podem ajudar nesse planejamento de carreira. Esse é um momento que exige tanto cuidado e planejamento quanto o de ingresso na universidade. É natural que haja dúvidas, mas é importante lembrar que não é o único no planeta a passar por isso”, diz Luciana.
De acordo com a história pessoal de cada estudante, os dilemas podem ser completamente diferentes. Investir em uma viagem ao exterior em vez de encontrar um emprego logo após a formatura ou casar e engravidar antes de dar outros passos na vida profissional são preocupações recorrentes a muitos jovens adultos. Para essas e tantas outras dúvidas, a psicóloga Selena Garcia Greca, especialista em Orientação Vocacional, afirma que não há fórmula perfeita, apenas uma palavrinha mágica: planejamento.

Zona de conforto
“Cada um deve analisar e planejar com muito cuidado, dando um significado maior para as suas escolhas e vendo o trabalho como uma missão de vida”, diz Selena. Ela lembra que, mesmo que a tão sonhada oportunidade de emprego não apareça logo, o estudante deve assumir uma postura ativa e estar preparado. “Não se deve ficar na ‘zona de conforto’ da casa dos pais. O aluno deve conversar com professores da faculdade – que poderão ser bons orientadores nessa fase –, elaborar um bom currículo, inscrever-se em programas de seleção ou concursos, investir em uma nova língua estrangeira e construir uma boa rede de relações”, sugere.

Quais os maiores dilemas que você enfrentou ou está enfrentando no começo de sua vida profissional? Deixe o seu comentário!

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